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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Moro com o Diabo no corpo de mulher

Ela vigia-me enquanto durmo e ninguém acredita em mim quando digo que aquela cara de anjo quando se despe emana pecado.
Peço ajuda de joelhos pregados ao chão, sinto-me sufocado... acabei de entender que tenho a corda ao pescoço e quem a coordena é o diabo.
Não se riam da minha cara, que estou desesperado, apaixonei-me por um fardo de salto alto que me deixa vidrado, especado... cego, surdo e mudo... estarei louco?... começo a ficar preocupado.
Matem-me já! Torturem-me se for necessário por esse ser o meu fado mas peço a Deus que não me deixe neste estado, sinto-me amaldiçoado cada noite que passo ao seu lado.
E quem me inveja é apenas um pobre desgraçado, preferia mendigar nas ruas do Chiado que viver no mesmo telhado como se estivesse casado, castrado e um pouco nauseado da vida que tenho levado.
Estou cercado, não há muito mais a dizer, só que sou eu o culpado, talvez fique nesta sala eternamente fechado.
Apaixonei-me por um demónio no corpo de mulher, o meu destino foi selado

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