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segunda-feira, 19 de outubro de 2015

O meu corpo trai-me

Depois de uma pequena análise chegamos à conclusão que o controlo é um mito, que existe uma constante infidelidade entre o corpo e o hospedeiro.
Somos todos feitos de reflexos que nos traem, são eles que revelam quem és e o que sentes, são eles que resolvem o mistério que te envolve, são eles que te tornam num livro aberto.
O corpo, por sua vez, trai cada pensamento que cruza a mente. Um bater de dedos na mesa da sala, um gesto exagerado, um cruzar de pernas mais impiedoso que o habitual. Ansiedade, atenção, desejo.
A atração e o desejo é o que mais se reflete. Os sorrisos, os olhares, a respiração acelerada e pesada, uma frequente mordida discreta no lábio inferior.
Nunca vou conseguir esconder... um toque teu, e mesmo que não queira, o meu corpo desmonta-se e cede, deixo-me levar.
O corpo de uma pessoa fala muito mais alto e, neste momento, o meu está a gritar por ti.
Para a próxima está atento, vê como o meu corpo reage, como este não te nega, como este te deseja, como este anseia que lhe toques, que o provoques.

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